terça-feira, 12 de agosto de 2014

Resenha: Trilogia Estilhaça-me


A saga Estilhaça-me de Tahereh Mafi realmente me surpreendeu.

Gosto de livros com diálogos. Mesmo que não haja ação no texto, as conversas dão movimento e fluidez à história e o primeiro livro (Estilhaça-me) é bem descritivo, traz os pensamentos de Juliette e isto faz com ele fique lento. Mas pelas promessas de uma amiga que o livro ficaria bom, fiquei firme e tentando sobreviver àquela monotonia. (E amiga, muito obrigada! )

Juliette é bem irritante nos dois primeiros livros. Quem já leu tem que concordar que nossa protagonista pouco abre sua boca e quando o faz é para chorar ou reclamar em quase todos os capítulos de Estilhaça-me e Liberta-me. Ok! Eu sei! Tudo bem que ela ficou trancafiada por quase três anos, que destes três, por quase um ela ficou sem contato algum com outro ser humano, que o poder dela não é nada agradável, que seus pais lhe entregaram para O Restabelecimento, que ela deve ter muitos traumas… eu sei! Mas em meio a tanta coisa ruim ela não poderia sequer aproveitar a boa refeição e o banho quente? Ela até poderia ficar receosa quanto as intenções dos privilégios de Warner, mas, francamente, eu preferiria morrer depois de estar com a pele limpa e a barriga cheia. Não estou dizendo que Juliette não tenha motivos para agir como tal, mas sim que seu comportamento de uma garotinha de cinco anos tremendamente assustada não ajuda a reconhecê-la como uma jovem de dezessete anos que ela é. Parecem duas Juliette: uma que está no jardim de infância e passa pela experiência de não ter amigos e ser apontada como aberração e outra que não se importa com nada disso e aproveita sua juventude vivendo as aventuras e delícias do primeiro amor. E assim, sua personalidade oscila transmitindo quão confusa ela está.

No segundo livro ela se mostra menos confusa e mais egoísta. Apesar de conhecer o caos em que o mundo se encontra e a miséria em que vive a população, ela continua se lamentando pela “maldição” e não dando valor a conforto (se comparada aos outros civis) e segurança que o Ponto Ômega lhe dispõe. Ela sequer se oferece para ajudar ou se concentra nos exercícios que irão controlar e evoluir seu poder. E para piorar, a distorção de caráter dizendo amar Adam e trocar carícias com Warner. Isto sem mencionar o fato dela guardar tantos segredos daquele que é o segundo maior inimigo do ponto Ômega.

Por outro lado, se não fosse pela engenhosidade magnífica de Tahereh ao construir uma personagem tão desprezível, eu não houvesse me apaixonado tanto pela história. No final de Liberta-me tem início uma cadeia de revelações e reviravoltas surpreendentes. Se eu estivesse com os três livros em mãos, certamente voltaria para reler algumas cenas em que nós, assim como Juliette somos feitos de bobos. Somos manipulados querido leitor! É um fato! Como os acontecimentos são relatados pela Juliette, ficamos “forçados” a acreditar que as coisas são conforme ela os vê e julga. E assim como Warner riu da ingenuidade e tolice dela, poderia gargalhar daquilo que acreditávamos ser verdade. Para ser sincera, acho que ele se divertiria muito, muito com isto. Posso até imaginá-lo com os sapatos lustrosos, as calças pretas e a camisa branca impecavelmente passada, as mangas da blusa dobradas até os cotovelos, os braços cruzados sob o peito e ele se curvando levemente para trás abrindo um imenso sorriso que evoluiria até uma gargalhada e apresentaria suas lindas covinhas.

Incendeia-me muda totalmente a forma como absorvemos a história porque nos apresenta quem cada personagem realmente é. A maturidade de Juliette é absoluta. Ela subitamente rompe a casca e se mostra com poder e determinação, sem resquícios de quem um dia ela foi. A decisão dela com relação aos sentimentos entre Adam e Warner é digna no mínimo de respeito.

E a mudança não é somente nela: Kenji que para mim sempre foi convencido, cheio de si e inconveniente transforma-se em uma pessoa agradável e querida. Não gostava dele no início e no fim a vontade era de ter um amigo tão bem-humorado, companheiro e conselheiro assim. Até Warner, quem diria, tem salvação. E mesmo ele ainda não se tornando exatamente o mocinho da história, sua mudança tem que ser reconhecida.

Poupei as últimas páginas, confesso. Não queria que terminasse e por outro lado não conseguia parar de ler. Comecei, então, a reler alguns trechos e refazer meus julgamentos a respeito dos personagens e da história em si que a princípio parecia não chegar a lugar algum, desenvolveu-se reveladora e terminou com gosto de quero mais. A verdade é que tem mais: para quem, assim como eu, não se conforma em chegar ao final das 1132 páginas, podem curtir Destrua-me e Fragmenta-me Estas histórias fazem a ligação entre Estilhaça-me e Liberta-me e Liberta-me e Incendeia-me.
Boa leitura!
(Resenha escrita pela auxiliar Bárbara Leilane)
As auxiliares.

PROMOÇÃO A CULPA É DAS ESTRELAS.
ESTA POSTAGEM É PREMIADA!
O PRIMEIRO A COMENTAR, RECEBE UM BRINDE!
VÁLIDO PARA 27 DE MAIO
 

3 comentários:

  1. pq livro bom não tem limites neh ?! Quanto mais livros são criados, mas a gnte quer mais e mais e mais se envolver na história
    Super amei a resenha ^^ E super me interessei pelo livro
    Na vdd até já estava na minha lista de 2015 kkkk
    Um dia com certeza , vai sair de lá

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  2. Nossa e esta é uma das minhas trilogias preferidas! A história começa assim... mais ou menos, mas ganha uma forma, nos envolve tanto! É muuuito bom!

    Pode retirar seu prêmio!

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  3. os melhores livros sempre começam suuper estranho kkkk
    A maldição do Tigre tbm é muiito assim

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